segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

QUANDO VOCÊ SE EMBRENHA PELA CAATINGA...

 
Minha mãe dizia que o pai do meu pai tinha sido cangaceiro. Não sei se ela dizia para meter medo em mim e em meus irmãos ou se era mesmo verdade. O certo é que eu fiquei com aquilo na cabeça e a história do cangaço e seus homens me perseguiram. Esta admiração pelas histórias de Virgulino e seus cabras me fizeram criar um projeto que nasceu em 1994, quando montei "Lampião", de Raquel de Queiroz; em seguida, em 2002, concebi e dirigi "Arapuca - tragédia sertaneja", também sobre o cangaço. E por fim, em 2008, estreiamos "Cangaço", que narra a trajetória dos últimos dias de Lampião até a fatídica manhã de 28 de julho de 1938.

Ficamos dois anos em cartaz com "Cangaço", ganhamos três prêmios e fizemos mais de trinta apresentações. Quando pensei que já havia encerrado o ciclo sobre Lampião, eis que escrevo "A Casa de Santinha", texto que narra a vida de Maria Bonita até o dia em que ela foi embora com Lampião. Não sei se montarei algum dia. Talvez, quem sabe. 

O fato é que quando você se embrenha pela caatinga, bebe na caneca, arranca os espinhos da pantorrilha e sente o sol escaldante arder o lombo, dificilmente esquece a história deste movimento. É, Santinha, quem sabe um dia a gente se encontre atrás da ribalta.

2 comentários:

  1. Amigo Pawlo Cidade:

    Há quanto tempo você não postava nada!

    Abraço

    José Mendes Pereira - do blog do Mendes e Mendes

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  2. Verdade. Parei o espetáculo. Mas, vamos lá. Vou postar outras coisas do cangaço.

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